DISCURSO DAS MÍDIAS (E)M ANÁLISE DIALÓGICA: CAMINHOS TEÓRICOS E METODOLÓGICOS - (atual - 2019)
Profª Kelli Ribeiro
ESTUDO E SISTEMATIZAÇÃO DOS TEMAS TRANSVERSAIS DOS PCNS E DOS TEMAS INTEGRADORES DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: UM ENFOQUE DIALÓGICO - (atual - 2019)
Profª Silvana Schwab
O projeto \"Estudo e sistematização dos temas transversais dos PCNS e dos temas integradores da Base Nacional Comum Curricular: um enfoque dialógico\" tem como objetivo maior sistematizar os conceitos que envolvem os temas transversais propostos pelos PCNs e os temas integradores da Base Nacional Comum Curricular, criando, num viés dialógico da linguagem, condições teóricas e metodológicas para a reflexão e aprofundamento de questões sociais em aulas de língua materna. Para isso, serão utilizadas, prioritariamente, como referencial teórico, as obras do Círculo de Bakhtin, enfatizando os conceitos que contribuem para a construção de uma reflexão dialógica acerca dos temas transversais e dos temas integradores. Uma das etapas deste projeto consiste em problematizar as definições ensejadas pelos temas transversais, verticalizando o debate a partir dos conceitos desenvolvidos pelo Círculo de Bakhtin, para assim, tentar buscar contribuições práticas para o ensino de língua portuguesa. Além disso, por meio de uma intersecção teórica e metodológica entre os temas transversais e os temas integradores, pretende-se discutir e avaliar o quanto as propostas empreendidas nos PCNs e na Base Nacional Comum Curricular contribuem efetivamente para o ensino de língua materna a partir de uma perspectiva de ensino interdisciplinar e transdisciplinar.
A produção de atividades didáticas de pronúncia em Línguas estrangeiras
Profª Luciana Pilatti Telles
O ensino de pronúncia tem recebido pouca atenção por parte dos docentes de línguas estrangeiras, seja em cursos de formação de professores, no nível superior, seja em cursos livres de idiomas e também nas escolas. A rejeição ao trabalho com as questões relativas à pronúncia pode ser devida à falta de conhecimento dos professores sobre as áreas de fonética e fonologia. Além disso, parece haver uma preferência por dar-se ênfase a aspectos morfossintáticos, semânticos e pragmáticos, deixando-se em segundo plano a pronúncia da língua, já que, em diversas situações, apesar de imperfeições fonéticas, o aluno consegue se comunicar na língua-alvo. Apesar da aparente consideração do caráter secundário do ensino da pronúncia, aspectos fonético-fonológicos da língua-alvo são contemplados pelo Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (doravante, QECR), documento do Conselho da Europa, a partir do qual são organizadas as descrições de níveis de proficiência, para planejamento de cursos e avaliação. À p. 154 deste documento, encontramos as descrições das competências de pronúncia que o estudante deve desenvolver na aprendizagem de uma língua estrangeira. Constituem essas competências as habilidades do aprendiz em reconhecer, compreender e segmentar vocábulos da língua-alvo, com o reconhecimento de segmentos e padrões prosódicos e o conhecimento de processos fonológicos. Além do que está exposto no documento, temos a organização dos exames de proficiência. No exame da Universidade para Estrangeiros de Siena, a Certificazione di Italiano come Lingua Straniera (CILS), por exemplo, na produção oral, além das adequações morfossintática, lexical e pragmática, são pontuados elementos de adequação de pronúncia e adequação prosódica. Outro exemplo que podemos mencionar é o Diploma de Español como Lengua Extranjera (DELE), em cuja avaliação da expressão e interação oral, desde o nível A1, a pronúncia é considerada um fator importante. As questões relativas à pronúncia também são importantes na Certificação de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras). Na página 22 do Manual do Examinando, consta que, no momento da interação face a face, serão avaliadas a compreensão da fala, a capacidade de interação, a fluência, o domínio de vocabulário e de estruturas da língua portuguesa, bem como a pronúncia. Com relação a esse último item, os seguintes aspectos são considerados: a adequação com relação aos sons, ritmo, entonação da Língua Portuguesa. Além do QECR, documento orientador de currículo, alguns estudos têm destacado a importância do ensino da pronúncia para o melhor desenvolvimento da habilidade oral dos aprendizes de línguas estrangeiras (ALVES, BRISOLARA & PEROZZO (no prelo); ALVES, 2012; ALVES & SILVA, 2013; BARRETO & ALVES, 2012; FALCÃO, 2009; FARIAS, 2015; IRUELA, 2007; MONTENEGRO, 2009; SILVEIRA, 2006; DALLARMELLINA; TUROLLA & GORI, 2005; CANEPARI, 1999; COSTAMAGNA, 1996). No entanto, ao analisarmos os livros didáticos disponíveis no mercado, verificamos que ou costumam apresentar uma quantidade não significativa de atividades voltadas para o ensino de pronúncia ou sua organização é de difícil consulta e compreensão para docentes não especializados em Fonética e Fonologia, o que dificulta o trabalho dos professores em sala de aula. Por essa razão, o projeto de pesquisa denominado A produção de atividades didáticas de pronúncia em línguas estrangeiras propõe-se a elaborar materiais didáticos sobre pronúncia de português, espanhol e italiano como línguas estrangeiras, a fim de suprir uma carência existente no mercado editorial, bem como fortalecer o ensino de línguas estrangeiras no Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras (CELE), já que nossos materiais serão validados nas aulas de português, espanhol e italiano do CELE da Universidade Federal do Rio Grande, cujos objetivos incluem formação inicial e continuada dos estudantes e dos egressos dos cursos de Letras. O projeto compreenderá várias etapas, sendo realizada inicialmente a análise de materiais já disponíveis, para reconhecer e demonstrar as lacunas existentes no que se refere ao ensino da pronúncia, a fim de propormos materiais que serão testados no CELE, discutidos e posteriormente publicados, primeiramente para adultos, e, em etapas futuras, serão elaborados materiais para ensinar pronúncia para crianças.
Práticas de letramento acadêmico para uma política linguística de permanência de alunos indígenas e quilombolas na universidade
Profª Sabatha Catoia Dias
Profª Letícia Cao Ponso
Este projeto de pesquisa e ensino propõe um acompanhamento pedagógico intercultural de estudantes indígenas e quilombolas ingressantes por vestibular especial na Universidade Federal do Rio Grande (Furg) no que diz respeito à inserção linguística e ao letramento acadêmico para seu acolhimento, integração e permanência nessa mesma esfera de atividade humana. Entende-se que as experiências universitárias de alunos indígenas e quilombolas nos cursos de graduação e pós-graduação só podem efetivar-se satisfatoriamente se ancoradas em vivências com a língua que historicizam tais sujeitos, ou seja, suas práticas de letramento, na busca pela sua inserção na esfera acadêmica no que se refere ao domínio dos gêneros do discurso em língua portuguesa que circulam e instituem relações nesse espaço social. Nesse sentido, este projeto busca construir ferramentas metodológicas, analíticas e teóricas para a produção de conhecimento em um contexto de interculturalidade crítica (WALSH, 2007; 2009; 2013) por meio de uma pedagogia decolonial (MIGNOLO, 2003; 2008; 2015; ESCOBAR, 2003; 2015; OLIVEIRA; CANDAU, 2010) que considere o contato entre o português e as línguas e culturas dos povos tradicionais presentes na comunidade acadêmica a partir das demandas e agenciamentos de seus próprios falantes.
Da Escrita à Reescrita de Textos: Implicações do Processo de Avaliação em Contexto de Ensino de Língua Materna